segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Esforço recompensado

Nosso post "Conta corrente isenta de cesta de serviços bancários existe e é lei!" já recebeu mais de 11 mil acessos específicos e, neste final de semana, completamos 1 mil envios da carta modelo (clique no link acima para o post e veja como solicitar). Basta dizer que, somente no dia 14 de janeiro, foram 1.945 visualizações devido aos inúmeros retwittes. E olha que ele ainda nem completou 2 meses de publicação e permanece entre os 5 posts mais populares.

Acompanhamos o caso do leitor Márcio Barbosa da Silva, que nos retornou informando cada passo da sua tentativa bem sucedida de isentar sua conta corrente da chamada cesta de serviços bancários. Segue abaixo imagem da especial mensagem, cuja publicação foi autorizada em 17/12/2010 pelo próprio Márcio. Esse e-mail certamente resume muitos dos retornos que recebemos. Nossa motivação somente aumenta com isso.

Clique na imagem para ampliar

Em agradecimento, o Márcio recebeu uma das nossas ecobags personalizadas. Afinal, ele já provou que sabe onde buscar informação de qualidade e agora está realmente pronto para ir às compras.

Por Gabriela Maslinkiewcz

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Bloqueio de linha telefônica por excesso de consumo?

Não acreditei quando uma amiga contou que a linha de trabalho do marido havia sido bloqueada pela CLARO por excesso de consumo. A operadora nem um "perfil definido" do cliente poderia ter para tal procedimento dito de segurança, pois era recente a contratação.

A história era a seguinte:

"Meu marido contratou no mês de julho deste ano um plano Claro 300. Sempre pagou suas faturas em dia, cada 25 do mês. Acontece que desde quarta-feira, o telefone está bloqueado para realizar chamadas. O telefone celular dele é a empresa, pois como realiza suas atividades em grande parte externamente, está sendo prejudicado, pois precisa de um telefone fixo para poder realizar trabalhos! Um absurdo. Na mesma noite de quarta-feira, liguei de um número fixo para o 1052 para tentar entender o que estava acontecendo, tendo em mãos a última fatura paga de 25/09/10. Após mais de 10 tentativas com 5 números de protocolos diferentes, obtive as seguintes informações do call center da Claro: 1) é política da empresa nos primeiros 6 meses, controlas o uso/utilização dos clientes, como se fosse uma análise de crédito; Obs.: isso não foi informado no momento da compra, pois jamais teríamos realizado a portabilidade da Vivo para Claro; 2) para o telefone dele voltar a realizar chamadas, deveríamos contatar o setor financeiro da Claro em horário comercial e realizar uma negociação. Aí perguntei como negociação se não há dívida??? A mocinha explicou que para desbloquear o número era necessário pagarmos 60% da fatura a vencer. INACREDITÁVEL!!!!; E, para piorar, após a compensação do valor de 60% do valor ainda não conhecido,pois o mês estava em vigor, deveríamos ligar para pedir o desbloqueio que levaria em torno de 24 horas; Sem ter a linha funcionando ele foi até uma loja da Vivo para comprar um novo número para realizar as chamadas, (vide contrato de permanência nº 050), pois seu trabalho e receita foram prejudicados aproximadamente em 4 dias, pois seu trabalho funciona 24horas, trata-se de locação de mão de obra para transporte de carros interestaduais e intermunicipais."

Entramos em contato com a CLARO, que informou que conforme definição do contrato SMP (serviço Móvel Pessoal) nas cláusulas 9.2 e seguintes, instituído pela ANATEL, o bloqueio executado ocorre quando o cliente ultrapassa o seu valor de VRP em 2X o valor da franquia do plano contratado. O tal "Valor de Referência Pessoal do Cliente", consiste em duas vezes o valor das franquias do plano e serviços contratados, conforme definições do contrato SMP (Serviço Móvel Pessoal).

Ocorre que é princípio básico o direito do consumidor de informação, sendo que todas as restrições de uso do serviço contratado precisam estar previamente avisadas, em destaque e de forma ostensiva no contrato (negrito, sublinhado, fonte maior). E leia-se contrato aquilo que é assinado e entregue cópia ao cliente na hora da compra. Como provar isso? É a empresa que precisa juntar esta cláusula e comprovar que o consumidor estava ciente desta restrição na hora de compra da linha.

De qualquer forma, vamos submeter o assunto à ANATEL e aos órgãos de defesa do consumidor, pois trata-se de caso grave e que merece modificações imediatas no procedimento.

Por Fernanda Guimarães

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Como Reduzir Gastos - Sétimo Passo: CULTURA e LAZER

Em um país com o nível de pobreza do Brasil, não se imagina que a cultura ainda teria um espaço tão grande na vida e no bolso da população. Não importando a classe social, de acordo com o IBGE, o consumo com cultura assume o quarto ou sexto lugares na lista de gastos familiares, dependendo da categoria em que enquadramos os gastos com telefonia, que pode ser vista ou não como item de entretenimento.

Se considerarmos o elemento telefonia (que engloba telefone fixo, celular e internet) dentro do quesito cultura, a família brasileira coloca esse item em quarto lugar na lista (atrás de Habitação, Alimentação e Transporte) com 7,88% da renda mensal. Isto é, em uma família com renda de 2 salários mínimos, há um gasto de quase 100 reais mensais com cultura. Se não consideramos Telefonia, os gastos limitam-se a 4,4%, ou pouco menos de 50 reais para a mesma renda, e o item despenca para o discreto sexto lugar da lista (perdendo posições para Saúde e Vestuário).

Verifica-se, então, que no consumo de cultura o maior dispêndio das famílias é com telefonia, em todas as faixas de rendimentos. Sequencialmente, a aquisição de eletrodomésticos ligados à atividade cultural e às atividades de cultura, lazer e festas são os dois grupamentos de maior peso na composição dos gastos familiares.

As estatísticas revelam que, quanto menor a faixa de rendimento familiar, maior o porcentual gasto na aquisição de equipamentos eletrônicos. As práticas domiciliares – televisão, vídeo, música e leitura – são responsáveis por 85% dos gastos familiares, enquanto que as classes mais altas procuram atividades externas e eventos de grande porte, além da aquisição de livros e periódicos para o entertenimento.

Além desse dado, verificou-se que a família que tem como pessoa de referência alguém com ensino superior, gasta dez vezes mais com cultura do que uma família que possui a pessoa de referência sem instrução alguma. Mostrando, assim, que instrução (ou seja, educação) está diretamente ligada à aquisição e ao consumo de cultura pelas pessoas.

Mas se você está gastando mais do que devia e procurando onde poupar, aqui vão algumas dicas da Dra. Fernanda Guimarães para enxugar o orçamento cultural.

1 – Você assina algum jornal ou revista periódica? Muito bom, mais cultura para a família. Tente responder essas duas perguntas: 1) Você leu a reportagem da capa da revista da semana passada? 2) Leu os jornais da semana passada diariamente? Caso a resposta seja negativa, tente repensar sobre a relação aproveitamento e despesas com este serviço. Está realmente valendo a pena?

2 – Chuteira velha também faz gol. Não precisa comprar uma chuteira nova todo ano. Mesmo contendo tecnologias cada vez mais avançadas, ainda não foi inventada uma chuteira que causasse um aumento no potencial do atleta significativo ao ponto de pagar o investimento. Enquanto a sua estiver em condições de uso, utilize-a. São os seus pés que deverão avisar o momento da necessidade de comprar um novo par de chuteiras e não o comercial de televisão.

3 – Trocar de celular todos os anos? Qual é o objetivo do celular? Basicamente, telefonar e enviar mensagens de texto. Todas as outras funções são adicionais e servem para tentar o consumidor a pagar um valor mais elevado por um aparelho que estará desvirtuado de suas funções principais. Celular da moda é aquele que permite você efetuar sua ligação ou enviar sua mensagem na hora desejada.

4- Fique ligado nas promoções dos cinemas. Cada rede costuma oferecer um dia mais barato ou uma promoção especial (como a do beijo do cinesystem, por exemplo), que reduz em até 50% o valor do ingresso. Informe-se também sobre os convênios dos cinemas: correntista Unibanco/Itaú, por exemplo, paga meia entrada no Unibanco Arteplex em qualquer dia da semana, assim como cliente Claro Clube tem a mesma vantagem na rede Cinemark. O Cinemark conta ainda com uma promoção para quem utilizar o cartão de crédito Bradesco ou American Express Membership Card, que além de pagar meia entrada, ainda paga metade do preço no combo de pipoca + refrigerante.


Por Gabriela Maslinkiewicz

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

As 10 melhores dicas para aproveitar suas milhas

I - Antes de comprar qualquer passagem aérea ou fazer a reserva do hotel, faça sua inscrição no programa de milhas da companhia que vai voar ou cadastre-se no programa de fidelidade da rede de hotéis onde pretende hospedar-se. De regra, recebe-se imediatamente o número (na tela final do cadastro ou por e-mail) e é com ele que você deve concluir as reservas, pois, na maioria dos programas de milhagens/fidelidade, só serão creditados os pontos por vôos e estadias realizadas após a data de inscrição.

II - Mesmo que na reserva você tenha informado seu número no programa de milhagem/fidelidade correspondente, não esqueça de apresentar o cartão no check-in ou no check-out do aeroporto e confirmar seu crédito de milhas. Há companhias aéreas que permitem o resgate de pontos após o vôo, mas desde que o viajante já faça parte do programa antes da data do embarque e a solicitação de crédito de milhas seja feita no prazo estipulado nos termos e condições previstos.

III - Nos hotéis, diga no check-in que você é cliente freqüente (filiado ao programa de fidelidade), pois há sempre benefícios para estes hóspedes. A rede Sheraton, por exemplo, tem andares específicos em alguns de seus hotéis apenas para os clientes com cartão. Você também pode receber algum mimo extra, como cortesia no serviço de lavanderia ou uma garrafa de vinho grátis, como um VIP Guest na rede Ritz Carlton (Marriot).

IV - Acompanhe sempre as promoções dos programas de milhagem/fidelidade. Para quem estava atento, a American Airlines ofereceu em 2009 o trecho São Paulo-Miami por apenas 30 mil milhas. A TAM correu e lançou a troca de trechos com a combinação de milhas e dinheiro que foi uma excelente oportunidade.

V - Lembre-se de que as milhas têm validade, tanto no seu cartão de crédito quanto na companhia aérea. Ou seja, você tem um prazo para passar as milhas do cartão para o programa de milhagem/fidelidade escolhido e outro prazo para utilizar as minhas já creditadas lá para a troca de bilhetes. Utilize estrategicamente esses dois prazos. A TAM, por exemplo, estipula um prazo de dois anos a partir da data do vôo ou do crédito. Já no caso do Smiles, a validade é de três anos. Suas milhas estão vencendo e não conseguirá usá-las? Venda-as para algum amigo ou empresa especializada neste tipo de transação.

VI -  Programe a viagem com exatos 6 meses de antecedência, pois este é o prazo de validade dos bilhetes emitidos. Assim, quando abrir a disponibilidade de data no sistema da companhia, você já poderá fazer a troca. E você pode reservar a ida e ir renovando o pedido até encontrar a melhor data de volta. Conseguir emitir com milhas bilhetes para uma boa data de viagem é mais uma questão de disciplina do que de sorte.

VII - Para ganhar mais milhas, conheça os parceiros para receber pontos na maioria das suas compras. Você sabia que a Brastemp tem loja própria (Compra Certa), que vende seus produtos com preços geralmente mais baratos que os das lojas de eletrodomésticos e ainda lhe dá 1 milha da TAM para cada real gasto? Os postos de gasolina Ipiranga também lhe darão milhas a cada abastecimento se você, antes, se cadastrar no programa Km de Vantagens. Descubra quem são os parceiros do seu programa de milhas/fidelidade. Estacionamentos, restaurantes e hotéis estão nesta lista. Algumas companhias aéreas oferecem milhas para os passageiros que realizarem o check-in pela web. Consulte o site das empresas. Quer assinar ou já é assinante das revistas Veja, Época ou Isto É? Faça seu pedido de assinatura destas e de outras revista pelo convênio do Multiplus/TAM e ganhe até 5 mil milhas!

VIII - Ainda, concentre os gastos no cartão de crédito, pesquisando aquele que lhe oferece mais milhas. Geralmente, os das categorias Platinum e Black são os que oferecem mais vantagens. Mais um motivo para concentrar os gastos num cartão somente e chegar logo neste “nível”. Há cartões que já pela adesão lhe concedem um bom número de milhas. Recentemente, as próprias companhias aéreas lançaram seus cartões (TAM Itaucard e American Airline Citi, por exemplo) e através deles o acumulo de milhas pode ser acelerado.

IX - Sinceramente, aconselho que utilize seus pontos rapidamente e troque assim que acumular o necessário para emissão do bilhete pretendido ou da estadia de que gostaria. As companhias aéreas e as redes de hotéis podem mudar as regras de acúmulo e resgate quando desejarem. Ou, pior ainda, podem deixar de voar para certos destinos ou até deixar de existir (nunca esqueceremos da saudosa Varig...). Olhar um saldo de pontos grande é legal e empolgante, mas não utilizá-lo é burrice.

X - Não subestime nenhuma forma de obter pontos. Gasta somente R$ 250,00 em gasolina por mês? Se você abastecer sempre no mesmo posto e cadastrá-lo como “favorito” no programa Km de Vantagens, os pontos concedidos serão em dobro. E 500 milhas vezes 10 meses são 5 mil milhas, o que, pela atual promoção do Smiles, é possível trocar por um trecho para qualquer lugar do Brasil. Ou seja, ainda da tempo da sua viagem de Natal deste ano sair de graça contando apenas com a gasolina do seu carro. Vai comprar só um DVD? Prefira as lojas parceiras do seu programa de milhagem/fidelidade. Acredite, quando você estiver quase completando as milhas que precisa para aquela viagem, vai querer contar todas as “migalhas” para poder trocar logo o trecho.

Por Fernanda Guimarães

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Tudo que você sempre quis saber sobre milhas

Todos sabemos que existe, a maioria até usa, mas é muito difícil alguém que realmente aproveite toda a amplitude de vantagens que os programas de fidelidade podem proporcionar. Os programas de milhagem, no geral, foram criados para incentivar o consumo de um determinado produto ou serviço. São eles postos de gasolina, empresas de TV a cabo, livrarias, editoras, hotéis, freeshops, além do mais conhecido e utilizado, das companhias aéreas. E agora mais recentemente também de rede de hotéis.

Os programas de milhagem das companhias de aviação foram desenvolvidos para recompensar viajantes que utilizam frequentemente os serviços da mesma companhia aérea ou suas parceiras, com passagens grátis ou outros prêmios, ou seja, premiar a fidelidade do consumidor, ou criar esta lealdade.


O primeiro passo para acumular milhas é associar-se a um programa de fidelidade de uma companhia aérea. Os mais comuns são o Multiplus (TAM) e o Smiles (Varig/Gol). Mas ainda vale a pena participar do AAdvantage da American Airline e o Victoria da TAP. Fazendo o cadastro nesses programas, você receberá um número de inscrição, que deve ser guardado para a administração e transferências de pontos. Essa bonificação é feita através das milhas obtidas, normalmente a cada distância de 1 milha voada, o passageiro inscrito em um programa de milhagem ganha uma milha-prêmio, se estiver voando na classe econômica. Na classe executiva, há ainda um bônus de 25% sobre as milhas voadas e, na primeira classe, de 50%. 

Para facilitar ainda mais o acumulo de pontos, além das milhas voadas, também é possível acumular milhas com cartões de crédito associados, postos de gasolina, restaurantes, hotéis e locadoras de carro. Basta consultar o manual de seu programa de viagem para ver quais são as empresas e cartões associados. É possível também utilizar estes mesmos pontos para fazer upgrade de classe de serviço no avião, de econômica para executiva, por exemplo, pagar diárias de hotel e conseguir descontos em diversos tipos de serviços afiliados ao seu programa de fidelidade.

Fique atento para alguns detalhes como a necessidade de acumular pontuação suficiente para trocar por passagens em cada companhia, sendo sempre melhor concentrar seus esforços (e vôos) em um único programa. Também, deve-se lembrar que passagem é free, mas as taxas de embarque, emissão e segurança não estão incluídas. Se você emitir através da central de atendimento, pode ter que pagar ainda mais caro por isso. Resgatar a passagem pelos sites da companhia é normalmente a opção mais barata.

O Multiplus
A TAM conta com o Multiplus Fidelidade, que vem com um conceito de redes de programas de fidelização, onde os consumidores podem acumular pontos provenientes de diversos programas de fidelização em uma só conta e resgatar prêmios em várias empresas dos mais diferentes ramos: farmácias, postos de gasolina, telefonia, supermercados, hotelaria, cinemas, livrarias, bancos, cartões de crédito, provedores de internet e fabricantes de automóveis, entre outros.

O TAM Fidelidade continua sendo o programa de relacionamento da TAM com seus passageiros frequentes, oferecendo os benefícios já conhecidos. Porém, agora, seus pontos são contabilizados no Multiplus Fidelidade, proporcionando facilidade de acúmulo dos pontos dos demais programas de relacionamento de que o passageiro já faça parte, e ampliando a variedade de prêmios para resgate. Ele procura trazer maior liberdade para o consumidor juntar e gastar pontos, dando mais abrangência aos programas de fidelidade e ampliando as possibilidades de fidelização e geração de novos negócios para as empresas parceiras.
Parceiros Multiplus
Quanto você acumula voando (por trecho) no Multiplus:

No Brasil ou para a América do Sul: Qualquer trecho, independentemente da distância percorrida, vale 1.000 pontos 
Vôos para países da América Central: 3.000 pontos 
Vôos para países da América do Norte: 5.000 pontos voando TAM ou nas 27 companhias aéreas parceiras Star Alliance
Vôos para a Europa: 6.000 pontos, voando TAM ou nas 27 companhias aéreas parceiras Star Alliance
Vôos para o Oriente Médio: 8.000 pontos, voando com uma das 27 companhias aéreas parceiras Star Alliance.

Para se cadastrar no TAM Fidelidade, acesse o site.

O Smiles

É o programa de relacionamento da Gol/Varig, onde o participante pode acumular milhas voando ou adquirindo produtos e serviços de empresas aéreas parceiras (Air France, Delta, KLM e American Airlines) além de adquirindo produtos e serviços dos parceiros não aéreos, que são mais de 150, incluindo cartões de crédito, locadoras de automóveis, hotéis, restaurantes, lojas virtuais e muitos outros.

Hoje com mais de 7,3 milhões de participantes, o SMILES oferece aos seus participantes que voam freqüentemente com a Gol e com Varig ou Cias Aéreas parceiras a possibilidade de conquistar upgrades de categoria proporcionando ainda mais benefícios como: atendimento diferenciado no check in, maior franquia de bagagem e acesso às salas Vip Smiles em aeroportos, central de atendimento exclusiva. Existem ainda várias formas de utilizar suas milhas, sendo: somente com milhas, com milhas e dinheiro e com promoções. Voando sem limite de assentos.

Parceiros SMILES

Quanto você acumula voando (por trecho) com o Programa SMILES

No Brasil ou para a América do Sul: Desde 1.000 milhas ou o equivalente à distância voada na tarifa mais barata 
Vôos para países da América Central: Em média, 2.500 milhas, mas varia de acordo com a distância voada 
Vôos para países da América do Norte: O número de milhas voadas com a Delta e a American Airlines. Em média, 4.500 milhas entre o Brasil e os EUA 
Vôos para a Europa: O número de milhas voadas com as parceiras Air France e KLM. Em média, 5.500 milhas nos vôos diretos 
Vôos para o Oriente Médio: O número de milhas voadas com as parceiras internacionais (para Istambul, por exemplo, são 6.728)


Para se cadastrar no Smiles, acesse o site.

Qual dos dois é melhor?

É difícil dizer, pois dependerá das promoções e das parcerias vigentes. Mas como o Diário de Consumo não gosta de ficar em cima do muro, vamos optar pelo Multiplus essencialmente pela maior facilidade (ou melhor, menor dificuldade) na hora da troca das milhas por bilhetes. A TAM recebe os pedidos tanto pela internet como por telefone e, principalmente, direto nas lojas dos aeroportos, onde é possível pessoalmente fazer isso. Conseguir a emissão das passagens pelo programa de fidelidade da TAM tem sido menos uma questão de sorte e mais de disciplina, pois com 6 meses de antecedência não é difícil conseguir assentos disponíveis. Infelizmente, a Central de Atendimento do Smiles está bastante deficiente, com relatos de suspensão temporário dos serviços às vezes por mais de 3 dias seguidos.


Como ganhar milhas?

A maneira mais comum de se acumular milhas é através do uso de cartões de crédito, nestes a regra mais comum é: 1 milha/ponto para cada dólar gasto. Esse valor pode variar para mais ou para menos dependendo da categoria do seu cartão e em que companhia aérea você troca essas milhas. Se quiser acumular mais, vale a pena escolher um banco com cartão co-branded (aqueles que têm impressa a marca do programa de fidelidade), pois ele  acumula de 1,3 milha/ponto a 2 milhas/pontos por dólar. Vale lembrar que nem todo cartão de crédito acumula milhas. Verifique com seu banco que bandeiras e categorias têm esse benefício.

Usando o Cartão de Crédito para ganhar milhas

Veja os principais programas de parcerias de companhias aéreas com cartões de crédito  (pesquisa realizada em 2009 pelo ViajeAqui e atualizada agora pelo Diário de Consumo)

Programas de milhagem associados: TAM Fidelidade e Smiles. Ganho pontos ao contratar o cartão? Depende de promoções ocasionais. De regra, nada nos cartões de categoria de entrada. Quantos pontos rendem meus gastos? Cada 1 dólar rende de 1 a 1,5 milha. Tempo de validade dos pontos: 12 ou 24 meses, dependendo do cartão. Anuidade dos cartões: De zero (promoção para o primeiro ano) a R$ 331.

Programas de milhagem associados: TAM Fidelidade. Ganho pontos ao contratar o cartão? Alguns cartões dão de 2 400 a 3 600. Quantos pontos rendem meus gastos? Cada 1 dólar rende de 1 a 2 milhas. Tempo de validade dos pontos: Ilimitado para os cartões American Express. Para outros casos, o tempo é de 24 meses. Anuidade dos cartões: Pode ser grátis ou variar de R$ 141 a R$ 960.

Programas de milhagem associados: TAM Fidelidade e Smiles. Ganho pontos ao contratar o cartão? Alguns cartões dão de 3 mil a 7 mil. Se for isento de anuidade no primeiro ano, não são concedidas mlhas na contratação. Quantos pontos rendem meus gastos? Cada 1 dólar rende de 1 a 1,5 milha. Tempo de validade dos pontos: 24 meses no cartão e, quando trocados por milhas, mais 24 meses na companhia. Anuidade dos cartões: De R$ 38 a R$ 240.

Programas de milhagem associados: AAdvantage, Smiles, TAM Fidelidade. Ganho pontos ao contratar o cartão? Depende de promoções. Quantos pontos rendem meus gastos? Cada 1 dólar rende de 1 a 1,5 milha. Tempo de validade dos pontos: Nunca expiram
Anuidade dos cartões: De R$ 132 a R$ 600, mas é possível obter isenção no primeiro ano se já for cliente do banco.

Programas de milhagem associados: TAP, Delta, TAM Fidelidade e Smiles. Ganho pontos ao contratar o cartão? Alguns cartões dão 5 mil. Quantos pontos rendem meus gastos? Cada 1 dólar rende de 1 a 1,5 milha. Tempo de validade dos pontos: 24 meses. Anuidade dos cartões: De R$ 29 a R$ 180.

Programas de milhagem associados: AAdvantage e TAM Fidelidade. Ganho pontos ao contratar o cartão? Alguns cartões dão de 3 a 5 mil. Quantos pontos rendem meus gastos? Cada 1 dólar rende de 1 a 1,5 milha. Tempo de validade dos pontos: Nunca expiram. Anuidade dos cartões: De R$ 64 a R$ 312.

Programas de milhagem associados: TAM Fidelidade e Smiles. Ganho pontos ao contratar o cartão? Alguns cartões dão até 5 mil. Quantos pontos rendem meus gastos? Cada 1 dólar rende 1 milha. Tempo de validade dos pontos: 24 meses. Anuidade dos cartões: De R$ 36 a R$ 140.

Programas de milhagem associados: Smiles, TAM Fidelidade, Lan Pass, Aeromexico, TAP, Delta SkyMiles. Ganho pontos ao contratar o cartão?  Alguns cartões dão até 20 mil pela inscrição, como na categoria do novo cartão Black. Clientes Banco Real poderão pedir esse cartão a partir de março de 2011. Quantos pontos rendem meus gastos? Cada 1 dólar rende de 1 a 2 milhas. Tempo de validade dos pontos: No Platinum Style, expiram em 36 meses. Para os outros cartões, não há prazo de validade. Anuidade dos cartões: De R$ 196 a R$ 600.

Programas de milhagem associados: TAM Fidelidade e Smiles. Ganho pontos ao contratar o cartão? Alguns cartões dão de 2 500 a 10 mil. Quantos pontos rendem meus gastos? Cada 1 dólar rende de 1 a 2 milhas.Tempo de validade dos pontos: Nunca expiram. Anuidade dos cartões: De R$ 85 a R$ 540.

Continua...

Por Gabriela Maslinkiewicz

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Proteja-se das Dívidas Sexualmente Transmissíveis (DTS)

"Até que as dívidas os separem", já dizia o título da matéria escrita por Jacqueline Ferreira para edição 47 do MoneyNewletter, pois as estatísticas do Registro Civil divulgado em 2009 pelo IBGE apontam que em 2008, o número de dissoluções de casamento chegou ao total de 290.963, entre separações e divórcio. Em relação a 2007, houve um crescimento de 24,9% de escrituras de separações e 33,9% de escrituras de divórcios. E esses números só aumentam. Os motivos declarados das dissoluções de casamentos são muitos, mas ninguém discorda que a falta de dinheiro é fator agravante em qualquer situação familiar.

Para piorar, em um casamento, os pares dividem não somente o patrimônio, mas também são corresponsáveis nas dívidas, diz a escritora Eliana Bussinger. O Diário de Consumo conversou com ela para postar seu comentário em vídeo aqui no blog.



São muitos os erros financeiros que podem ocorrer numa relação. Os mais comuns são as procurações aos maridos (esposas) dando-os livre poderes de decisão financeira. Neste caso, sendo inevitável por causa de uma viagem, por exemplo, o ideal é que este documento tenha poderes específicos e com prazo de validade. Ainda, a falta de informação quanto à dívida que está sendo contraída, empréstimos para o(a) companheiro(a), dar cartão de crédito à esposa ou ao marido, são outros atos que podem gerar um comprometimento financeiro bem maior do que se espera.

Judicialmente, é possível provar (mas apenas em alguns casos) que a dívida beneficiou somente uma das partes. Mas não fácil. Em geral, os juízes entendem que as duas pessoas do relacionamento são responsáveis, pois são legalmente solidárias. Ou seja, se titulares de uma conta conjunta, por exemplo, ambos serão responsáveis pelo saldo negativo que ali se formar, mesmo que somente um dos cônjuges tenha utilizado o crédito.



Se o problema já existe, para uma das pessoas do casal se livrar das dívidas, é necessário muito diálogo e disciplina (de ambos se ainda for possível manter a relação). Sair do estado de negar que tem dívidas ou de que o seu companheiro(a) gasta mais do que deveria é fundamental.

É fato que a falta de cuidado com as finanças pode impedir a conquista do tão sonhado final feliz e afastar, definitivamente, o amor da sua vida. Um relacionamento também precisa de organização financeira, assim como uma empresa. E tudo complica quando são 2 os administradores destas receitas e despesas.

Seja no excesso ou na falta dele, um casal sem dinheiro não consegue viver feliz quando já não há paixão para mascarar as incompatibilidades. Segundo Gustavo Cerbasi (autor de Casais Inteligentes Enriquecem Juntos), um casamento dá certo quando o verdadeiro sentido é de união e os perfis, seja de gastador ou poupadora ou vice-versa, encontram uma compatibilidade no planejamento das finanças do casal.

O segredo então é  muita conversa sobre o assunto, para definir em comum acordo o orçamento domésticos ou resolver dívidas. Há quem acredite que os planos comuns jamais serão construídos de modo eficiente se tudo no relacionamento for dividido, pois perderia-se em produtividade, em organização e em resultado. Mas há quem defenda que a melhor forma de compartilhar um sonho de consumo seja definir a contribuição de cada um do casal na medida de seus ganhos, ou seja, quem ganha mais deve colaborar em percentual maior para aquisição de determinado bem (ou no pagamento das dívidas).

"Meu bem para cá, os seus pra lá" e por isso escolher o regime de bens que irá reger o patrimônio do casal é o primeiro passo para evitar que problemas financeiros e garantir maior transparência. Aliás, é fundamental para determinar legalmente se será constituído patrimônio comum ou particular, garantindo a segurança de ambos e seus dependentes.

Basicamente, só garante a individualidade total dos bens o regime de separação total de bens. Só que, para optar por este regime de casamento, é necessário fazer o chamado contrato pré-nupcial, pois o padrão no Brasil é o regime de separação parcial de bens. E mesmo assim, garante em termos, pois se o cônjuge assinar como fiador, avalista, emprestar o nome ou fizer conta conjunta, legalmente, será responsável independente do regime de casamento.

"O fim do relacionamento pode partir corações e bolsos". E em 95% dos casos as mulheres são as vítimas do "crime de herdar dívidas do ex". Detalhe: pelo mesmo motivo que contraem as doenças sexualmente transmissíveis: falta de proteção. Pensando nisso, a Eliana elaborou sete regras para ajudar se prevenir desse tipo de “DST”, retiradas do texto da Jacqueline Ferreira:

1 - Não permitir que o parceiro assuma o total controle na administração financeira do casal;

2 - Não assinar nada sem ler, entender e ver as consequências de uma possível inadimplência;

3 - Em conta conjunta, se assegurar de que é necessária a assinatura dos dois, o que deve ficar especificado no contrato de abertura da conta no banco;

4 - Aprender que o fato de amar alguém não significa que se deve confiar cegamente;

5 - Se ganhar mais do que o parceiro, o cuidado deve ser redobrado;

6 - Ver se a dívida beneficia só a ele ou ambos. E resguardar-se caso não ganhe nada com isso financeiramente falando;

7 - Se tiver dúvidas, consultar um advogado antes de assinar qualquer promissória.

Para saber mais, acesse: Que seja eterno enquanto dure, Dívidas Sexualmente Transmissíveis e Previna-se das "dívidas sexualmente transmissíveis".
 
Por Fernanda Guimarães

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Dívidas prescrevem mesmo?

SERASA, SPC e precrição de dívidas são uma das combinações de palavras mais pesquisadas no Google. As dúvidas são muitas e a resposta é fácil e boa na maioria dos casos.

O que é prescrição?

Prescrição é a perda do prazo para o exercício do direito de ação. Ou seja, apesar de a dívida existir, o credor não tem mais o direito de entrar com ação contra o devedor para exigir que este pague o que deve. E absolutamente todas as dívidas têm um prazo para prescrever. Isso acontece por uma questão de segurança, para que as pessoas não fiquem vinculadas umas às outras eternamente por conta de uma dívida. Ou seja, o devedor tem a obrigação de pagar e o credor, a obrigação de cobrar.

Agora, se o consumidor não paga, o credor tem o direito de cobrar na Justiça. Mas se não o faz, a Justiça entende que ele não tem interesse em receber. Assim, se o credor entrar com ação depois que a dívida prescreveu, o devedor pode se negar a pagar. Isso mesmo. O devedor tem direito de não pagar mais a dívida.

Mas vamos deixar algo bem claro: para uma dívida prescrever o credor nunca deverá tê-la cobrado. Ou seja, a partir do momento que o credor entra com uma ação na Justiça para cobrar a dívida, a prescrição é interrompida por tanto tempo quanto durar a ação. E não importa que o processo se estenda por mais de 5 anos.

Qual o prazo de prescrição? 

Nem todas as dívidas prescrevem em cinco anos. Pela regra geral do Código Civil, as dívidas prescrevem em 10 anos, mas há várias exceções. Há dívidas que prescrevem em 1 ano, como a pretensão de cobrar despesas de hospedagem ou do segurado cobrar da seguradora. Em 2 anos, prescrevem as dívidas resultantes de pensão alimentícia. Em 3 anos, as dívidas resultantes de aluguel.

Já a maioria das dívidas do dia a dia prescreve em 5 anos. É o caso dos impostos, dos cartões de crédito, dos convênios médicos, das dívidas de escola, dos financiamentos. São as dívidas resultantes de contratos em geral. 

O Código de Defesa do Consumidor também prevê prescrição de dívida no prazo de 5 anos, e, assim, nome dos devedores não pode ficar mais do que cinco anos em listas negras por conta da mesma dívida. Por conta dessa regra, o consumidor que está com o nome sujo por conta de uma dívida que já prescreveu pode exigir a retirada imediata do seu nome do cadastro. Para isso, muitas vezes é necessário entrar na Justiça para que seja declarada a prescrição e poderá até ser exigido danos morais.

Por Fernanda Guimarães

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Como pagar todas as contas em janeiro?

IPVA, IPTU, matrícula escolar, anuidade de conselhos de classe. Todas essas despesas parecem que estão mancumunadas para que tenhamos que apertar os cintos no início do ano. O número de despesas em janeiro é grande e por isso a solução é a organização.

A primeira coisa a se fazer é uma lista com todas as despesas. Procure priorizar as contas com taxas de juros mais altas. Separe por períodos de vencimento: início do mês (do dia 1 ao dia 09), metade do mês (do dia 10 ao dia 19) e final do mês (20 a 30). Além das contas extras do primeiro mês do ano, contas de despesas essenciais, como água, luz, telefone, condomínio e transporte se mantêm. Para facilitar a organização, publicamos o post Ainda novato no controle do seu orçamento?, que tem uma sugestão de planilha que você pode baixar e utilizar durante o ano todo.

Organizar os gastos é sem dúvida uma forma muito eficiente de manter o equilíbrio financeiro e evitar endividamento. Não há economista que discorde. Isso porque o planejamento permite que o consumidor tenha uma percepção mais clara de para onde vai o seu dinheiro e, dessa forma, auxilia no corte de gastos e na criação de reservas financeiras.

Mas não é preciso ficar neurótico, anotando tudo e passando horas em cima de planilhas. Basta que você faça um controle, por 3 meses, de forma mais precisa. Assim será possível fazer uma média de gastos (somar os valores dos 3 meses e dividir por 3), com a qual se conseguirá estipular metas e planejar despesas durante todo o resto do ano.

Como pagar todas as contas?

Adoramos solucionar todas as questões levantadas aqui no blog, mas esta resposta, vamos combinar, não é nada fácil. Mesmo assim, conseguimos preparamos um passo-a-passo que garante boas perspectivas:

1 - Contabilizar o quanto você ganha e o quanto gasta durante o mês. Faça a planilha sugerida ou qualquer tipo de anotação onde você consiga se entender;

2 - Verificar qual a melhor maneira para pagar cada uma dessas contas "extras" de início de ano. No caso do IPTU, o consumidor que possuir o dinheiro para pagar à vista, o mais recomendável é que o faça. São em torno de 20% de desconto e nenhuma aplicação chegará próximo a isso. Mas se não há possibilidade de pagar o valor total do imposto de uma só vez, o jeito é parcelar mesmo e comprometer-se com este pagamento. Inadimplência de impostos é coisa séria e, assim como a taxa do condomínio, pode lhe tirar o imóvel por dívida na Justiça. Já o IPVA, vale a pena pagar à vista somente nos casos em que o desconto for superior a 8%. Ou seja, tem dinheiro, pague à vista se o desconto for interessante. Não tem dinheiro ou o desconto é muito pequeno, parcele. Aplique o dinheiro se for o caso, para recuperar o desconto perdido.

3 - Não contraia uma dívida para pagar o valor inteiro dessas despesas, mesmo que o desconto seja alto. Esqueça a idéia de tirar um empréstimo para pagar à vista o IPTU e o IPVA. Não compensa.

4 - Para quem tem crianças ou adolescentes em idade escolar, a preocupação agora é também com a matrícula e o material escolar. Como muitas escolas não dão a opção de parcelar a matrícula, o jeito é consumidor é economizar na compra do material escolar e noutras áreas. Mas vale ainda tentar negociar com a instituição de ensino um parcelamento. Exponha sua situação financeira e peça esta gentileza. É comum algumas escolas concederem isso.

Por Fernanda Guimaraes

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Preço diferente no anúncio e na hora da compra: O que fazer?

Sabe quando você vê um anúncio de um produto e, na hora de comprá-lo, o preço não é o mesmo da propaganda? Essas situações são previstas pelo Código de Defesa do Consumidor, e caso isso ocorra com você, é preciso saber como reclamar e quais são os seus direitos.

Quando algum produto for anunciado, o preço cobrado deve ser o mesmo do anúncio. O mesmo vale para quando você encontrar algum produto em uma loja com um preço mais baixo daquele cobrado no caixa. Os anúncios (ou etiquetas numa prateleira, por exemplo) atraem o consumidor, portanto, o cliente deve exigir que seja pago apenas o valor que foi anunciado. E por anúncio entenda-se qualquer peça publicitária, seja ela impressa, digital, na televisão, no rádio etc.

Recentemente, o site do Ponto Frio estava vendendo iPods por um valor acima do anunciado no Google (um anúncio pago, ressalte-se). O consumidor, obviamente, tem direito de comprar o produto pelo preço do anúncio, o qual era menor do que aquele cobrado no site. Como nesse caso não há como reclamar para o caixa ou para o gerente da loja, a solução é buscar o PROCON. Nossos leitores Ismael Omena e Ivonaldo Oliveira salvaram as telas com a "oferta enganosa": 



Veja abaixo em detalhe o anúncio, cujo link levava ao site oficial do Ponto Frio onde o preço do produto era na verdade bem maior.


Apesar de seus direitos de consumidor estar resguardados, é preciso prestar atenção em alguns detalhes. Se o anúncio contiver prazo de validade, ou número máximo de unidades a ser vendidas pelo preço referido, o estabelecimento pode se negar a vender o produto pelo preço divulgado, se expirada a validade da oferta ou se já vendidas todas as unidades anunciadas. E mais: recentemente um site colocou televisores à venda por um valor baixíssimo, algo como R$9,90. Era óbvio que se tratava de um erro técnico da página de internet, e o tal site não foi obrigado a vender as TVs por esse preço àqueles que efetuaram a compra, sob o argumento de que qualquer pessoa teria noção de que um aparelho de TV não custa 10 reais. Portanto, a boa-fé do consumidor também é levada em consideração.

Agradecemos a participação dos nossos leitores que denunciaram a propaganda do Ponto Frio. E que eles consigam efetuar a compra pelo preço anunciado com a intervenção do Procon de sua cidade. Continuaremos acompanhando.

Por Mauro de Moraes Gomes

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Viagem ao Exterior: Como conseguir o valor do imposto de volta?

O melhor das compras no exterior é poder comprar mais pagando menos. Confesso que passo o ano inteiro me controlando nos shoppings para refazer o guarda-roupas somente nas viagens. Não há "liquidação" melhor. E além dos preços já mais em conta, há a possibilidade de receber (ou ficar isento) do pagamento do chamado Imposto sobre Valor Agregado (IVA), ou VAT, como é conhecido nos países que integram a União Européia. Na América, a economia também é possível em viagens à Argentina, ao Canadá e até ao Chile. Pena que nos Estados Unidos só é possível escapar da chamada "sales tax" em dois estados: Louisiana e Oregon. O jeito é pesquisar e embarcar já informado.

Por que é possível a restituição/isenção?

Em se tratando do IVA/VAT, parte-se do princípio que o bem será exportado, o que possibilita a isenção da taxa. Assim, esta isenção não costuma ser aplicada em despesas com serviços de hospedagem, restaurantes, locadoras de automóveis ou produtos que não sejam caracterizados como bens exportáveis. O Canadá e o Chile são exceção, pois permitem o reembolso em despesas com hospedagem. Já a Argentina, devolve o IVA apenas dos produtos de fabricação nacional, ou seja, os produtos "importados" não têm esta regalia. Ainda, o sistema de reembolso do VAT é algo diferente de fazer compras numa loja Duty Free de aeroporto, que é livre de imposto.

As regras básicas para todos

Os não residentes em visita a países estrangeiros têm direito ao reembolso do Imposto sobre Valor Agregado, que é o I.V.A. (para América do Sul) e o V.A.T. (para Comunidade Européia). O valor deste imposto varia de acordo com cada país, exemplo: Argentina (21%); Comunidade Européia (média de 13,5%); EUA (varia entre 4% a 13%), entre outros. Geralmente o reembolsado é realizado quando o turista deixa o país. Então siga estes 6 passos:

1) Verifique as regras antes de sair do Brasil e viaje com o passaporte, mesmo para o Mercosul. Há países que estabelecem um valor mínimo de compra por loja e por Nota Fiscal para ter direito ao reembolso. E não é permitido juntar várias notas fiscais de uma mesma loja para chegar ao valor mínimo.

2) Se optar por utilizar uma empresa especializada, o valor do seu reembolso (IVA ou VAT) será deduzido de uma taxa administrativa. Vale à pena.

3) O reembolso só é aplicável, na maioria dos casos, para bens produzidos no país, ou seja, se comprar bens importados e nacionais na mesma loja, peça para que sejam faturados separadamente, em dois cupons fiscais.

4) Na loja, verifique se há a logomarca “TAX FREE SHOPPING”. Caso positivo, ao realizar a compra, solicite seu “Cheque de Reembolso – Global Refund Cheques”. O funcionário da loja irá orientá-lo sobre os procedimentos. Se a loja não for filiada ao programa de reembolso, não insista, pois não há obrigatoriedade. Atenção: Guarde junto sua(s) Nota(s) Fiscal(is) Original(is), que poderá ser exigida pelas autoridades brasileiras.

5) Após realizar seu check-in internacional dirigir-se ao guichê da Alfândega e apresente os bens (compras), juntamente com seu passaporte, para que os oficiais Alfândegários carimbem seu(s) “Cheque de Reembolso – Global Refund Cheques”. Informe-se bem sobre os procedimentos e localização dos postos de atendimento dentro do aeroporto.

6) Para receber a devolução, escolha uma das seguintes alternativas: a) Em dinheiro, diretamente em um dos balcões de Reembolso; b) Cartão de Crédito, onde o valor vai diretamente para seu cartão; c) Transferência Bancária, onde o crédito vai diretamente para a conta bancária indicada; d) Cheque Bancário Internacional "geralmente em dólar ou moeda do país local", enviado posteriormente para o endereço solicitado pelo usuário. Em qualquer dos casos, verifique as taxas. O depósito em conta corrente costuma ser tarifado.

Devolução do Imposto sobre Valor Agregado nos países mais visitados 

Alemanha

Lá, paga-se em média 16% de imposto VAT na maioria dos artigos (livros e determinados alimentos, 7%) e o valor da taxa vem embutido na etiqueta. Ou seja, o valor que você vê nas vitrines não tem mais nenhum acréscimo (sistema igual ao brasileiro). Compra mínima: O reembolso pode ser pedido em compras a partir de 25 euros na mesma loja. São muitas as lojas que trabalham com o sistema Tax Free Shopping. Valor devolvido: Consegue-se receber até 12,7% do valor da compra de volta. Em toda Europa, o prazo para devolução é de 90 dias contados da emissão do cupom fiscal.

Argentina

O VAT (taxa sobre valor agregado) é de 21%. Compra mínima: Para ter direito à restituição, exige-se um mínimo de 70 pesos por compra (na mesma loja), em produtos fabricados na Argentina. Não há prazo limite para se obter a devolução. Valor devolvido: A restituição será de até 16% do preço de compra. A devolução poderá ser feita através da troca do cheque de devolução no aeroporto ou num dos postos de atendimento Tax Free Shopping; depósito na conta do cartão de crédito; ou cheque bancário. Importante: Como o aeroporto de Ezeiza é sempre cheio, reserve ao menos 1 hora somente para este "tax return". E como lá o agente fiscal efetivamente pedirá para ver as compras (porque produtos importados não tem devolução de IVA), recomenda-se dispor estas compras bem em cima da mala ou de qualquer outra maneira cujo acesso seja fácil e rápido. Ainda, opte pela devolução no cartão de crédito, pois o prazo de devolução na fatura agora está bem rápido.

Canadá

No Canadá, também é possível obter a devolução de parte do imposto pago sobre hospedagem (sendo o período inferior a 30 dias), além dos bens exportáveis adquiridos pelos visitantes internacionais. Compra mínima: Para ter direito ao reembolso do Imposto sobre Bens e Serviços (Goods and Services Tax - GST / Harmonized Sales Tax - HST) ou ainda o TVQ (imposto sobre vendas de Quebec), o valor das compras (antes dos impostos) tem que somar, no mínimo 200 dólares canadenses e, cada nota, individualmente, deve mostrar compras de 50 dólares canadenses antes de taxas. Dependendo do caso, o valor do imposto pode ser de 7%, 8% ou 15%. Valor devolvido: Sobre o valor do imposto pago, é cobrada uma taxa de 18% para que a restituição seja feita, ou seja, você receberá em média 13% de restituição na maioria dos produtos. Importante: Assim como na Argentina, o visitante precisa comprovar que está "exportando" os bens adquiridos. Ao deixar o país, é preciso apresentar os artigos comprados à inspeção acompanhados da nota fiscal. O turista poderá ter seu reembolso sem pagar taxas administrativas enviando a documentação diretamente para o Canadá Customs and Revenue Agency / Tax Center. Também é possível obter a devolução dos impostos através das agências que cobram uma taxa para isso. No Canadá pode ser a única exceção onde solicitar sozinho a devolução pode compensar evitar as empresas especializadas, pois tudo é muito fácil. O formulário para solicitação de reembolso do imposto pode ser obtido nas filiais da Canada Revenue Agency de shopping centers, centros de informações turísticas administrados pelos municípios ou províncias, hotéis ou motéis, lojas duty free, grandes lojas de departamentos , butiques, agências de viagens, na Câmara de Comércio etc. Ou seja, antes de voltar para o hotel, faça este encaminhamento. O pedido de reembolso deverá se enviado em no máximo até um ano após o pagamento da conta de hospedagem e também em um ano a partir da data de saída do Canadá, que terá que ser no máximo 60 dias após a data da compra. Os cheques de devolução são emitidos em moeda local e serão enviados pelo correio. Eu, particularmente, demorei mais de 70 dias para receber o meu!

Chile

Não há devolução do IVA sobre os produtos, mesmo nacionais. Mas o turista consegue isenção de 19% de imposto sobre o valor da estadia nos hóteis. Apesar de ser um dos países do Mercosul que aceita o ingresso de brasileiros apenas com a Carteira de Identidade, para a isenção do imposto, é indispensável mostrar o passaporte no check-in do hotel.

Espanha

Compra mínima: Exige-se o valor mínimo de 90,15 euros numa mesma loja para que se possa pedir o reembolso. Valor devolvido: A devolução do VAT, que incide em 16% sobre o valor das compras, pode ser solicitada na maioria dos produtos e, através do sistema Tax Free, os turistas conseguem 13,8% de devolução. Para um relato prático de uma turista que conseguiu receber com tranquilidade a devolução, acesse o blog Programadoras.

Estados Unidos

Todo o estado da Louisiana e a cidade de Portland, no Oregon, oferecem a possibilidade de devolução do VAT. O resto do país não devolve imposto aos extrangeiros. Na Louisiana, o valor da "sales tax" na Louisiana é de 4%.Têm direito à devolução do imposto na Louisiana os turistas estrangeiros de posse do passaporte, com passagem aérea marcada para o prazo inferior a 90 dias nos EUA. Para solicitar seu reembolso, o turista deverá fazer suas compras numa loja participante do sistema Louisiana Tax Free Shopping (LTFS). É preciso mostrar o passaporte e pedir o voucher para devolução do imposto. O voucher deverá ser entregue na partida, nos guichês de reembolso do LTFS no Aeroporto Internacional de Nova Orleans, ou ainda, pelo correio. O valor da taxa cobrada pelo serviço varia conforme o valor total das compras. Estudantes estrangeiros não têm direito à devolução da taxa. A partir de uma compra de US$ 50, o visitante paga US$ 1 de taxa pelo reembolso. Para até US$ 500 em compras, o reembolso da sales tax pode ser feito em dinheiro e a taxa é de US$ 11. Os reembolsos de valores inferiores a US$ 500 podem ser pagos em dinheiro. Acima deste valor, o reembolso será providenciado em cheque, e enviado pelo correio. Já no Oregon, não há cobrança de "sales tax", por isso cidades como Portland são mundialmente famosas pelas opções de compras que oferecem. Já que o preço cobrado na etiqueta não vem acrescido do imposto de venda, como acontece no restante daquele país.

França

Compra mínima: A devolução da Taxe sur la valeur ajoutée (TVA) pode ser requerida para compras no valor mínimo de 175 euros efetuadas num mesmo dia, numa única loja (mesmo cupom fiscal). O cliente deve solicitar ao vendedor um formulário de "venda para exportação", emitido em três vias, que serão assinadas pelo vendedor e pelo cliente. Ao deixar o último ponto a visitar na União Européia, a mercadoria e a nota deverão ser apresentadas ao agenda fiscal alfandegário. Na maioria dos produtos, o imposto pago equivale a 16,38% do valor da compra. Há exceções, como livros, cuja taxa é de 5,21%, assim como antiguidades que também tem uma taxa especial. Para fazer a solicitação de reembolso da TVA no aeroporto, é recomendável chegar ao terminal com três horas de antecedência. O reembolso poderá ser feito em cheque ou pelo cartão de crédito. Opte pelo cartão. Pelo sistema Tax Free Shopping, da Global Refund, o turista consegue reaver de 12% a 13% do valor pago.

Grécia

O reembolso é de até 18% (Valor devolvido) em compras que ultrapassem 120 euros (Compra mínima).



Holanda

O sistema é o Tax Free da Global Refund. O valor referente ao VAT pago nas compras é de 15,97%, e sua restituição pode ser pedida em compras acima de 137 euros numa mesma loja (Compra mínima). Valor devolvido: A devolução pode chegar a 14,75% do valor da compra. Na hora da compra, peça pelo Refund Cheque, nas lojas afiliadas ao sistema tax free.

Inglaterra 

Na Grã-Bretanha o Value Added Tax (VAT) é cobrado sobre a maioria dos artigos. Os visitantes internacionais podem se beneficiar do Retail Export Scheme (RES), também chamado tax-free shopping, que permite a devolução do valor pago referente ao VAT (taxa média de 17,5%) nos bens que forem exportados da Comunidade Européia. Para saber o valor que realmente corresponde ao VAT pago na compra, é necessário calcular a alíquota de 14,89% do valor da compra. As lojas que participam do sistema RES estipulam um valor mínimo para a compra. O sistema cobra uma taxa de administração para fazer a devolução, que poderá ser deduzida como um percentual do valor da compra ou como taxa prefixada. Valor devolvido: Com o sistema tax-free shopping, é possível reaver até 10% do valor do compra. Para conseguir o desconto é preciso, na hora da compra, preencher um formulário chamado VAT407 (ou similar, fornecido pela loja), que deverá ser apresentado à Alfândega, no último ponto de partida da União Européia. O reembolso é feito por cheque ou cartão de crédito e algumas empresas oferecem a devolução em espécie em seus postos de atendimento espalhados em aeroportos (Heathrow Gatwick e Stansted, em Londres; Manchester e Glasgow). Escolha o cartão. Mais detalhes no site da HM Customs e Excise.

Itália

Na Itália, o reembolso do VAT pode ser solicitado após a partida, diretamente à loja pelo cliente. Porém, se preferir receber o valor em dinheiro, pode optar por sistemas alternativos, como o Tax Free Shopping, do Global Refund, que deduzirá uma taxa de serviço do valor a ser reembolsado. De acordo com o gênero do artigo, o valor do VAT pode ser de 4%, 10% ou 20% e vem incluído no preço da mercadoria (dentro do preço da vitrine). Compra mínima: O valor mínimo para cada compra numa única loja para o pedido de restituição é de 154,94 euros. A solicitação de reembolso pode ser feita nos principais aeroportos. Mais informações no site VTA Refund.

México

Os turistas internacionais que chegam no México por avião ou navio, desde julho de 2006, podem receber restituição integral do imposto sobre as vendas, no percentual de 15% (Valor devolvido). É preciso obter um recibo oficial (fomulário) com o número de contribuinte (Registro Federal de Causantes) do estabelecimento em que apresentar para reembolso. Compra mínima: Apenas recibos no valor total de pelo menos 1.200 pesos mexicanos (cerca de 110U$) por loja podem ser apresentados para reembolso. Os produtos comprados devem sair do México com a pessoa que comprá-los.

Portugal

Em Portugal paga-se 13% ou 19% de VAT, conforme as compras são feitas no continente ou nas ilhas. Compra mínima: O valor mínino para solicitação da devolução do imposto é de 60,35 euros no continente e 56,36 euros nas ilhas. O valor é válido para compras numa mesma loja no mesmo dia. Valor devolvido: O Tax Free Shopping conseguirá lhe restituir entre 10,5% e 12% sobre o valor da compra.

Uruguai

No Uruguai, quando você paga com cartão de crédito uma conta em restaurante, loja ou qualquer estabelecimento com fim turístico, aparecerá no canhoto da compra a mensagem "Aplica devolución de IVA". E não precisa fazer mais nada. Na sua fatura vai ser cobrado o valor integral da conta, mas logo abaixo aparecerá a devolução de parte da aliquota. A restituição será no percentual de 13% (o imposto cobrado é de 24%). Não é muito, pois tudo no Uruguai já é barato, mas é um incentivo a mais para o turismo. Para garantir, confirme na hora da compra se o estabelecimento é filiado ao sistema de Tax Free uruguaio.