Começou a pagar
somente o mínimo da fatura do cartão de crédito e está perdido com uma dívida
que só aumenta em função dos juros sobre juros? Ou você está na situação de um
orçamento apertado e percebe que não vai conseguir quitar a fatura por
completo? Esse é um panorama comum porque muitos consumidores não sabem como
funciona o cálculo dos juros e acreditam que ao desembolsar o valor mínimo
estarão livres de dívidas abusivas. Portanto, seguem algumas orientações para
evitar o efeito cascata.
Vamos exemplificar
a evolução da dívida na situação em que uma pessoa possui saldo devedor de R$2
mil e os juros rotativos de 10% ao mês. Caso opte por efetuar apenas o pagamento
mínimo, o consumidor vai pagar apenas R$400 do total da fatura, pois, em geral,
o valor mínimo é fixado em 20% do valor da fatura. Neste caso, o saldo da
fatura que teria que ser financiado, por não ter sido pago, seria de R$ 1,6 mil.
Este valor será acrescido dos encargos pelo atraso no pagamento da dívida
financiada. Além do juro rotativo, há a multa por atraso 2% ao mês e os juros
de mora de 1% ao mês.
No cálculo, temos R$ 160 (R$ 1.600 x 10%), mais R$32 da multa por atraso e R$16
dos juros de mora. Resumindo, R$ 208 apenas em encargos.
No mês seguinte, portanto, a sua dívida, antes de R$ 1.600 no cartão, passou para
cerca de R$ 1.808 (R$ 1.600 + R$ 208). Se, por mais uma vez, não for possível
quitar a fatura inteira e você tiver que pagar apenas o valor mínimo (20% ou R$
361,6), é bom saber que, sobre o saldo restante, R$ 1.477, serão calculados
novamente todos os encargos já mencionados.
É claro que este exemplo somente funciona se NÃO houver novos gastos, o que é
quase impossível, uma vez que o uso do plástico está cada vez mais popularizado
entre os consumidores. Neste sentido, pense que a dívida real poderá ser ainda
maior, contabilizando-se novos gastos no mês.
Quebre o cartão – No caso de acúmulo de dívidas, não pense duas vezes em
quebrar o cartão para evitar novos gastos e procurar o banco emissor para
tentar negociar condições de pagamento mais flexíveis. Para saber se a proposta
é vantajosa, submeta as faturas para elaboração de perícia contábil e em último
caso, busque um advogado ou a Justiça, pois enquanto um débito é discutido
judicialmente, você não poderá ser taxado por inadimplente e ter o nome
incluído no Serasa e SPC.
Quite o problema – Uma alternativa interessante é aproveitar a
chegada do final do ano e utilizar o 13º salário para abater para da dívida,
vender férias e ainda obter um empréstimo com familiares e amigos (desde que
essa pessoa não se aproveita para cobrar juros altos!) ao invés de se manter
refém dos juros rotativos da operadora do cartão de crédito. Outra dica
é ficar atento aos gastos nas lojas de vestuário e calçados que estimulam a
utilização do cartão próprio. Muitas pessoas não se dão conta de que o atraso
nestes pagamentos vai incidir em juros iguais aos das bandeiras mais
conhecidas, afinal são cartões de crédito! Evite estes gastos também.
Por último, lembre que a soma dos gastos de forma alguma pode
ultrapassar a renda. Especialistas afirma que o ideal é ter uma dívida mensal
no cartão que não comprometa mais que 30% do seu salário.
Bom dia, Dra. Fernanda,
ResponderExcluirGostaria de um auxilio, pois não sei como proceder. Tenho uma dívida com o Banco Real/ Santander desde 2008 (cartões de crédito e conta). Tentei conseguir uma negociação na época, mas as condições eram absurdas. Deixei passar o tempo, pois normalmente eles entram em contato e começam a fazer boas propostas. Pois bem, das raras vezes que entraram em contato, umas 3 vezes, no máximo, nenhuma proposta cabia no meu bolso. Agora que consegui me organizar e levantar uma graninha, decidi entrar em contato com o banco. Porém, desde de Julho de 2011, minha dívida foi vendida, e o que é pior; eles venderam a dívida bancária para a Credigy e as dívidas do cartão para a Recovery. Sinceramente, eu queria negociar um valor bom e pagar. Mas, com as dívidas separadas, fica mais difícil conseguir uma boa negociação. O que você me sugere? Andei pesquisando na Internet e parece que a venda de dívida é legal somente qdo o devedor é contatado e dá o de acordo. Isso realmente procede? Vale à pena entrar com um processo? E como fica minha dívida? Se voltar para o banco o poder de negociação é menor? E se eu negociar e pagar direto as tais empresas? É confiável? Desculpe pelo comentário gigantesco! Caso seja melhor entrar com um processo, vc indica algum advogado aqui no RJ?
Obrigada,
Ana Lucia
Gostei .... Obrigado pela ajuda :-).
ResponderExcluirOi gostaria de saber o valor de juros por dia de 4,70.o valor da minha dívida e de 600.00 reais.
ResponderExcluirALGUÉM ME AJUDE, POR FAVOR. Meu caso é bem parecido com o amigo aí de cima, só que minha dívida já prescreveu. Agora uma empresa de cobrança me liga todos os dias. Ameaçam por meio de busca e apreensão dos meus carros. Também possuo um terreninho. Eles podem apreender mesmo?? Por favor, alguém pode me responder? Muito obrigado!!
ResponderExcluirVc, Anônimo do dia 13 de agosto, entre em contato urgente com um advogado e pergunte-lhe sobre a sumula 121 do STF que proibe a aplicação de juros capitalizados e junto a isso, como se trata de cobrança de juros abusivos, (juros sobre juros), vc tem a seu favor inclusive o Decreto Lei Nº 22.626/1933, que veda a capitalização de juros.
ExcluirBoa Sorte!!!
ola tenho uma divida com o cartao de credito credicar desde 2009 era muito alta esperei para que pudesse ter propostas melhores quando liguei pra negociar eles haviam vendido adivida para ricovery eles nao fazem acordo e nem me avisaram da venda da divida o que eu posso fazer..... Obrigada
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