terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Proteja-se das Dívidas Sexualmente Transmissíveis (DTS)

"Até que as dívidas os separem", já dizia o título da matéria escrita por Jacqueline Ferreira para edição 47 do MoneyNewletter, pois as estatísticas do Registro Civil divulgado em 2009 pelo IBGE apontam que em 2008, o número de dissoluções de casamento chegou ao total de 290.963, entre separações e divórcio. Em relação a 2007, houve um crescimento de 24,9% de escrituras de separações e 33,9% de escrituras de divórcios. E esses números só aumentam. Os motivos declarados das dissoluções de casamentos são muitos, mas ninguém discorda que a falta de dinheiro é fator agravante em qualquer situação familiar.

Para piorar, em um casamento, os pares dividem não somente o patrimônio, mas também são corresponsáveis nas dívidas, diz a escritora Eliana Bussinger. O Diário de Consumo conversou com ela para postar seu comentário em vídeo aqui no blog.



São muitos os erros financeiros que podem ocorrer numa relação. Os mais comuns são as procurações aos maridos (esposas) dando-os livre poderes de decisão financeira. Neste caso, sendo inevitável por causa de uma viagem, por exemplo, o ideal é que este documento tenha poderes específicos e com prazo de validade. Ainda, a falta de informação quanto à dívida que está sendo contraída, empréstimos para o(a) companheiro(a), dar cartão de crédito à esposa ou ao marido, são outros atos que podem gerar um comprometimento financeiro bem maior do que se espera.

Judicialmente, é possível provar (mas apenas em alguns casos) que a dívida beneficiou somente uma das partes. Mas não fácil. Em geral, os juízes entendem que as duas pessoas do relacionamento são responsáveis, pois são legalmente solidárias. Ou seja, se titulares de uma conta conjunta, por exemplo, ambos serão responsáveis pelo saldo negativo que ali se formar, mesmo que somente um dos cônjuges tenha utilizado o crédito.



Se o problema já existe, para uma das pessoas do casal se livrar das dívidas, é necessário muito diálogo e disciplina (de ambos se ainda for possível manter a relação). Sair do estado de negar que tem dívidas ou de que o seu companheiro(a) gasta mais do que deveria é fundamental.

É fato que a falta de cuidado com as finanças pode impedir a conquista do tão sonhado final feliz e afastar, definitivamente, o amor da sua vida. Um relacionamento também precisa de organização financeira, assim como uma empresa. E tudo complica quando são 2 os administradores destas receitas e despesas.

Seja no excesso ou na falta dele, um casal sem dinheiro não consegue viver feliz quando já não há paixão para mascarar as incompatibilidades. Segundo Gustavo Cerbasi (autor de Casais Inteligentes Enriquecem Juntos), um casamento dá certo quando o verdadeiro sentido é de união e os perfis, seja de gastador ou poupadora ou vice-versa, encontram uma compatibilidade no planejamento das finanças do casal.

O segredo então é  muita conversa sobre o assunto, para definir em comum acordo o orçamento domésticos ou resolver dívidas. Há quem acredite que os planos comuns jamais serão construídos de modo eficiente se tudo no relacionamento for dividido, pois perderia-se em produtividade, em organização e em resultado. Mas há quem defenda que a melhor forma de compartilhar um sonho de consumo seja definir a contribuição de cada um do casal na medida de seus ganhos, ou seja, quem ganha mais deve colaborar em percentual maior para aquisição de determinado bem (ou no pagamento das dívidas).

"Meu bem para cá, os seus pra lá" e por isso escolher o regime de bens que irá reger o patrimônio do casal é o primeiro passo para evitar que problemas financeiros e garantir maior transparência. Aliás, é fundamental para determinar legalmente se será constituído patrimônio comum ou particular, garantindo a segurança de ambos e seus dependentes.

Basicamente, só garante a individualidade total dos bens o regime de separação total de bens. Só que, para optar por este regime de casamento, é necessário fazer o chamado contrato pré-nupcial, pois o padrão no Brasil é o regime de separação parcial de bens. E mesmo assim, garante em termos, pois se o cônjuge assinar como fiador, avalista, emprestar o nome ou fizer conta conjunta, legalmente, será responsável independente do regime de casamento.

"O fim do relacionamento pode partir corações e bolsos". E em 95% dos casos as mulheres são as vítimas do "crime de herdar dívidas do ex". Detalhe: pelo mesmo motivo que contraem as doenças sexualmente transmissíveis: falta de proteção. Pensando nisso, a Eliana elaborou sete regras para ajudar se prevenir desse tipo de “DST”, retiradas do texto da Jacqueline Ferreira:

1 - Não permitir que o parceiro assuma o total controle na administração financeira do casal;

2 - Não assinar nada sem ler, entender e ver as consequências de uma possível inadimplência;

3 - Em conta conjunta, se assegurar de que é necessária a assinatura dos dois, o que deve ficar especificado no contrato de abertura da conta no banco;

4 - Aprender que o fato de amar alguém não significa que se deve confiar cegamente;

5 - Se ganhar mais do que o parceiro, o cuidado deve ser redobrado;

6 - Ver se a dívida beneficia só a ele ou ambos. E resguardar-se caso não ganhe nada com isso financeiramente falando;

7 - Se tiver dúvidas, consultar um advogado antes de assinar qualquer promissória.

Para saber mais, acesse: Que seja eterno enquanto dure, Dívidas Sexualmente Transmissíveis e Previna-se das "dívidas sexualmente transmissíveis".
 
Por Fernanda Guimarães

10 comentários:

  1. Muito bom o post! Parabéns! As mulheres precisam estar atentas mesmo. Adriana

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  2. uma empresa aqui na minha cidade esta me cobrando uma divida do ano 2001 qual o meu direito neste caso

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  3. tenho uma divida no cartão de credito porem eu nunca assinei nada, eles enviarão o cartão de credito quando eu tinha apenas 17 anos,via correio. essa divida e recente, eles poderão cobrar judicialmente.

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  4. Muito boa tarde, a situação é a seguinte, fiz uma compra no ano de 2009 e a mesma foi parcelada em cheques, porém desde então tenho por diversar vezes entrado em contato para negociar, e a empresa é irredutível, dei a sugestão de fazer uma confissão de dívida, onde poderia pagar em novos boletos e os meus cheques poderiam ser devolvidos, para mim regularizar junto ao banco, e nada, ressaltando que eles nunca me ligaram para cobrar e nem mandaram carta, o que devo fazer, tenho a intenção de limpar o meu nome, mas estou de mãos atadas, o que devo fazer??? Desde já agradeço.

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  5. bom dia! olha so, tenho uma empresa e plena atividade, mas com problemas financeiros com o banco do brasil, com varios contratos de emprestimos atrasados, paguei ate aguentar mas virou uma bola de neve, ja se passaram 5 anos e o banco tirou do spc serasa o nome da empresa, o meu pessoa fisica da minha socia e da minha avalista q e a minha esposa tanto q financiei um carro em meu nome e nao deu nada mas por questao de honra ainda sonho em pagar essa divida, procurei o banco e a divida q antes era de 60.000,00 hoje esta em 200.000,00 ou seja fora da minha total realidade e me vi longe de liquidar a divida, mas depois q eu tive ao banco uma empresa de cobrança mandou uma msn no meu celurar q dizia APROVEITE A CHANCE E NEGOCIE ANTES DO EVENTUAL PROTOCOLO DE AÇAO JUDICIAL, minha pergunta e, mesmo q ja se passaram 5 anos eles ainda tem o direito de executar a minha empresa

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  6. Tive um contrato de aluguel residencial que ficou pendente de pagamento a última parcela em Novembro 2009. A imobiliária nunca havia restringido meu nome nos órgãos de proteção SPC e SERASA e somente agora 01/01/2015 veio a fazer isto. Isso é legal??, depois de tantos anos, somente agora vir a negativar e aliás, nunca recebi um comunicado por escrito da SERASA informando tal fato.

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  7. Bom dia!Alguns anos atrás contrai algumas dividas em loja de roupas..e por motivos financeiros não consegui pagar a dívida..Meu nome foi levado pra cdl da minha cidade...pelo fato de ter ido pra cdl eles me cobraram juros altíssimo quase o msm valor da dívida... Fiz um acordo pra pagar estava pagando...Mas por motivos de saúde na gravidez estou desempregada..e não estou conseguindo pagar a dívida..ad compras foram feitas em notas e não em promissórias..algumaa das dividas são minhas outras de parentes q compraram em meu nome e eles msm assinaram as notinhas..agora estão qrendo levar a divida para a justiça..oq vai acontecer?

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  8. Gostaria de tirar uma dúvida tenho algumas dívidas liguei nas empresas para quitar mas eles estão me cobrando em uma divida de 370, 30 reais 6.000, 00 reais isso é juros abusivos não é?achei um absurdo isso

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  9. Gostaria de tirar uma dúvida tenho algumas dívidas liguei nas empresas para quitar mas eles estão me cobrando em uma divida de 370, 30 reais 6.000, 00 reais isso é juros abusivos não é?achei um absurdo isso

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  10. Gostaria de tirar uma dúvida tenho algumas dívidas liguei nas empresas para quitar mas eles estão me cobrando em uma divida de 370, 30 reais 6.000, 00 reais isso é juros abusivos não é?achei um absurdo isso

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