A inadimplência do consumidor brasileiro registrou em novembro de 2010 a sétima alta mensal consecutiva, ao avançar 3,5% em relação ao mês anterior. De acordo com a empresa de análise de crédito Serasa Experian, esta é a maior elevação na passagem entre os meses outubro e novembro desde 2005. Ou seja, há 5 anos os brasileiros não ficavam sem pagar as contas em índices tão elevados. O problema mesmo é que, segundo vários economistas, o nível de inadimplência agravou-se e mudou de patamar desta vez. Isso porque, apesar de ser a sétima alta desde junho, o indicador apresentava crescimentos mensais inferiores a 1,9%. E vamos combinar que 3,5% é muita coisa para apenas 30 dias!
Não há dúvidas de que este comportamento é resultado do maior endividamento e comprometimento da renda do consumidor. Os motivos que levaram a fazer isso justamente em novembro ainda não são precisos. Mas é comum que, nesta época, muitos brasileiros encontrem-se acumulando as dívidas assumidas ainda no Dia das Crianças, por exemplo, que agora juntam com as compras para o Natal. Tudo geralmente adquirido por meio de crédito, em especial cartão de crédito. Entre outubro e novembro, a inadimplência com empresas não bancárias, o que inclui administradoras de cartões de crédito e financeiras cresceu 7,7%.
Segundo a mesma pesquisa, a expectativa é de que o nível de inadimplência ao final do ano fique próximo ao verificado em 2009, quando foi registrada expansão de 5,9% sobre o ano anterior. Algumas dívidas devem ser amenizadas, em parte, pelo décimo terceiro salário, que se recomenda seja destinado ao pagamento de dívidas.
Em suma, na comparação com novembro do ano passado, o índice de inadimplência do consumidor subiu 23,2%!
Por Fernanda Guimarães
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