Brasileiro tem mania de planejar seu orçamento mês a mês. Entra o salário, chegam as contas, e só se pensa em como escapar daquele sufoco. Chegar o mês seguinte e começar tudo de novo. Como escapar então desse sofrimento a cada 30 dias?
A melhor saída é planejar o orçamento para o ano todo. A maioria das pessoas recebe o mesmo salário todos os meses, apesar de existirem possíveis variações. As contas também costumam ser as mesmas: água, luz, telefone, colégio, aluguel. Só que existem as outras despesas e rendimentos que tem periodicidade anual e acabam não sendo percebidas desta forma no orçamento. E é quando chega o IPTU, o IPVA ou a anuidade dos Conselhos de Classe para os profissionais liberais que bate aquele desespero, como se fossem “imprevistos” dentro dos gastos mensais.
Por isso, o modo mais inteligente de se organizar é fazer um plano anual, que gerencie a renda e a despesa de todo o período. Assim, evitam-se as surpresas e os desgostos de lidar todo mês com apertos no orçamento. Sem falar que fica muito mais fácil equacionar e programar os pagamentos futuros.
E o contrário também vale. Ou seja, as “rendas extras” também devem entrar na programação do orçamento anual. Um bom exemplo de como fazer isso é desde logo planejar como vai ser gasto o 13º. salário. Ele é uma das grandes vantagens de quem tem carteira assinada, logo, o melhor é tirar o máximo de proveito desse benefício. Deixar para pensar o que fazer com essa renda extra na última hora aumenta a probabilidade que o seu destino seja algum supérfluo. Ainda pior, o 13º. pode dar a impressão de dinheiro de sobra, o que eventualmente leva a gastos que, no futuro, significarão mais dívidas.
Já notou que os americanos, ao serem perguntados sobre sua renda, automaticamente respondem o valor total anual recebido? Mesmo que muitas das tendências que vêm da “Terra do Tio Sam” não sejam, digamos, o melhor exemplo a ser seguido, esta forma de enxergar e planejar o orçamento familiar anualmente é muito proveitosa. Assim, vamos copiar as coisas boas também e chega de tratar como “imprevistos” os velhos conhecidos que batem a nossa porta todos os anos.
Por Fernanda Guimarães
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