quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Viver bem ou “ir bem” financeiramente?

Qual será a diferença entre viver bem e "ir bem" na gestão das suas dívidas? O do mesmo espírito do popular ditado “em time que está ganhando não se mexe”, desde que saibamos que o contrário é igualmente verídico. Portanto, é preciso aprender a repetir bons investimentos e, de uma vez por todas, perder o não raro hábito de fazer empréstimo em cima de empréstimo, seja de que natureza forem.

Para aqueles que têm mais de 30 anos, não é difícil admitir que a prática de economizar fazia parte da geração dos nossos avós. Não importando quais fossem as quantias, a formação de reservas constituía-se num caminho apropriado, se não certeiro, para se conseguir comprar os bens necessários e, em especial, os desejados. Ocorre que o sistema de crédito foi desmerecendo, gradualmente e com maior expressão nos últimos anos, nossa vitalidade financeira e o economizar tornou-se o elo perdido na construção de uma base sólida para a administração do dinheiro. Infelizmente, hoje é muito mais fácil conseguir um empréstimo pessoal do que poupar; um mal virtuoso com o qual nós, meros telespectadores do bombardeio de ofertas de crédito, teremos que aprender a conviver e dominar se quisermos criar hábitos financeiros saudáveis. Comece pensando por pelo menos cinco minutos antes de uma compra, sabendo quanto realmente pode gastar através de um orçamento doméstico mensal e evitando adquirir dívidas para despesas não essenciais.

Quem opta, por exemplo, em ter sua vida financeira com as graças e dificuldade de ser um profissional liberal, se não o pratica, pelo menos já ouviu dizer que é fato a existência de períodos de fartura e escassez na vida de cada um de nós, em diversos níveis. Conheço muitas pessoas que viveram períodos de bastante dinheiro girando em sua conta corrente, mas que agora passam por dificuldades financeiras que jamais poderiam imaginar viessem a ser uma realidade em suas vidas. É sabido que tempos de fartura e fome são um fenômeno cíclico na sociedade, mas que certamente podem ser melhor administrados com a repetição da premissa óbvia de que as necessidades futuras são supridas com decisões presentes. Calcular o valor global de uma compra e evitar o adiamento dos pagamentos, como no caso do rotativo do rotativo do cartão de crédito, são opções cotidianas inquestionavelmente acertadas.

Ter metas claras é fundamental no processo de formação de reservas, por isso, estabeleça os alvos que necessita alcançar e empenhe-se no dia a dia para torná-los uma realidade. Vença a indisciplina separando a quantia a poupar antes de começar a gastar. O segredo da poupança é torná-la obrigatória e prioritária. E, por favor, faça um esforço para fugir do crédito fácil. Os resultados são quase sempre penosos para quem toma emprestado. Quem economiza de forma diligente, não necessitará contar com recursos de terceiros e é esta opção permanente pela busca de independência financeira que nos levará à excelência na administração de nosso orçamento.

Por Fernanda Guimarães

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